quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Oque os mais velhos charlavam


Os mais velhos das casas charlavam que
o amor, poderia

fazer o ginete mais taura chorar.

Eu não acreditava tanto nisso...

Até que um dia me vi enredado de amor
por uma

E me perdi diante as cosas que iam surgindo junto

ao que eu sentia.

Sorvia mates, e ele lá estava.

Bebia uma canha buena, e ele lá estava.

Seguia a lida apertando bocal e enfrenado, e ele lá estava.

Nisso lembrei que as tempos tinha ouvido isso nas bocas

dos mais velhos junto as casas.

Achava que era milonga das mais frajutas ou que era
um mito de antigos jeitos, ou talvez fosse só uma lenda

que descreviam.

Mas me lembro bem certo que até na pulpeiria e nas bocas

as chinas charlavam nisso com seus ressábios e guardados

de amor, só delas.

Eu ainda louco de amor, numa noite perdi a quem gostará

muito sem querer esperar muito devolta, fiquei abaralhenado as

barbelhas sem muito rumos pra ir, e um rosilho pra enfrenar

pra regalar a quem gostará...

Por pena me fui pras bocas, fiz como todo homem faz quando

perde algo que gosta ou alguem que muito ama, bebi muito

e chorei pra luna, enfrenando o rosilho pela noite, e percebi

que os mais velhos charlavam era de grande verdade.

Entendi que uma me china me charlou pela noite sotreta,

-Que amar é lindo, e depois fica sempre a querer voltar,

mesmo que saibas como termina!...

Me fui depois de muitas canhas e umas quantas percantas

me perdendo denovo no meretriçio.

Mas mesmo assim entendi que sei bem pouco sober amar

e também vejo que ainda ah tanta gente curnilhudo pra isso.
E vi que tinham me charlado tinha a força de mil verdades
sobre isso...