segunda-feira, 3 de novembro de 2014

De Doma

Firmou bem a perna na volta incerta
Pra quem não se governa e desperta
Depois de uma reza terna e certa
Pra se mante sob o lombo que vira
Pelo espaço quase num tombo, se atira.

Polvadeira erguida, lenço se indo pra o ar
Nas esporas rezando um terço, pra não voltear
Por nada, quase me perco mas vai tranquear...
Depois abaixo de espora, voltar com a lua
Talvez com a aurora, num rastro de estrela nua.

Potro que levanta, buscando quase o céu
Pra quem vê se encanta, mas debaixo do chapéu
Sou eu quem sustenta, todo esse escarcéu.
Quando sente pelas botas, o tentos segurando
A vida sob essas patas, pra depois voltar blandiando.

Na imagem que se molda, serena e clara...
Ouço por perto a escolta, seguindo metendo a cara
Pra não deixar na volta mais forte e mais braba
Querendo depois que esse potro, serenatiando
Voltar por rumos desses  do povo, emoldurando.

As imagens de um posto, a beira da linha
Pra quem ainda do sal do rosto, ajeita na trilha
Chamando nos agosto, no corredor as tropilhas
Pra viver dando vasa , pra os bastos apertados

E deixar na ramada e no pasto, um potro de cacho atado.