quarta-feira, 20 de setembro de 2017

A copla que veio depois da lida

Copla incerta pela boca da madrugada
Vem aos poucos repleta, beirando a estrada
Contraponteando  a vida que as vezes inexata...
As misturadas as partidas, e horas incompletas.

Uns firmam bocais em potros, outro em si mesmo.
Uns sabem de carnais e outros galopeiam a esmo.
A vida no mesmo rumo que a coplinha assoviada,
Que busca em si o prumo, nesta noite estrelada.

Noite adentro, mate, pito e coplas pelo fogo
Que grande faz o arremate, e muda a no seu jogo
A vida que se reparte, que abre o sons da alma
Trazendo que a sorte, ainda pela vida se acalma.

Parece que a copla era incerta, talvez chula...
Talvez por ela se reparta, e volte pela sala,
Trazendo fragrâncias na franjas dos palas...
Sabendo da bem querências, que não se falas?

Parece que a copla passeia de cola atada pela ramada
Trazendo notas pras teclas, pelas botas marcadas
Vem aos poucos por poema, por métrica central
Falar de coplas morenas, por ser ainda atemporal.

Sabendo que potros e dos tentos partidos da lida.
Sabendo de outros dias, nos ventos de outras vidas,
Que sussurram mais que palavras, mais que notas,

Pra ser poesia presas, ainda pelo trim da esporas.

quinta-feira, 9 de março de 2017

Escrevia

Escrevia pelas linhas dos ventos
Pelas horas que as almas...
Pra ponta dos dedos trazendo segredos
Nas coplas nessa horas calmas.

A noite trazia estrala cadentes
Tantas delas pelas linhas retas.
Trazia tantas pelas mãos judiadas
Que agora a singela empresta

Um pouco de luz as cordas
Que vibram pela aos mesmo tempo.
Trás aos poucos os segredos
Aos olhos vivos de tantos.

Pra quem escrevia calado
Deixando sonido de alma.
Deixando a vida pelas cordas
Antes que as mãos espalma

Sofrenando na lida...
Pra agora pela hora que vida
Enverga os sonhos ao seu gosto

Escrevendo da lida.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

poema

Copla que queria ser inteira...
Que falaria de estrelas viageiras
De poesias das mais requintadas
Cheias de estrofes, metrificadas.

Mas resolvi falar de tanta outras...
De luz, e cor, corpo, de astros.
Busquei um pouco mais
Quem sabe os olhos e seus cristais?

Quem sabe de poemas?
Quem é poeta? De cantilenas?
Que canta? Que fala?
Aquele que conta e se cala?

Não sei quem sabe que o poema
Sejam das minhas coplas morenas?
Ou seja de tantas outras coisas.
Que vagam pelas casas?

Então me pergunto se o poema
É inteiro? Meio? Incompleto, ou tema?
Não sei só sei que ele existe

E dentro de tudo o persiste.