domingo, 8 de novembro de 2015

Coplas pra uma noite de chuva

Trocaria tantas palavras
Tantas delas que deixei...
Muitas delas só pensei

E deixei-as por raras.

Meus amargos lavaram
Levando distancias
Que povoam ausências
Que a voz embargo.

A seis cordas não cantam
Mais a mesmas horas.
Os sorrisos de auroras
Agora me calam.

A puas antes cantadeiras
Hoje choram o tranco
Pra depois a vida de cabelos brancos
Como ainda estreleiras.

Virou o tempo pela porta
Os meus mates distantes
Demaziamente inertes
Alheios aos gritos de forma.

Hoje a puas me falaram versos
Alguns me esqueci ...
Talvez assim me perdi.
E agora por eles confesso.

Cuia na mão, olhos distantes
Procurando oque deixei...
Aqueles poemas que pensei
E ficaram pelos horizontes.

A cordas da velha guitarra
Ainda clareiam minha alma
Que agora chuva manda e calma
Quando a vida a frente esbarra.



quarta-feira, 4 de março de 2015

Mesmo

Me perdi entre pensamentos
Entre gravatas e formalidades
Que mostravam pouca lealdade
Aos meus olhos de ventos...

Guardei a saudade da pilchas gastas
Entre redomões e tirões a campo
Moldando xergas e bastos no tempo
Que nos riscos de esporas nas botas...

Busquei nas esperas insones
As saudades pra voltar no tempo
Em que o campo era mais campo
Entre guitarras e redomões...

As almas nunca mudam mesmo
Que a vida seja espera e tempo
Se guarda o campo de olhos limpos
Mesmo que galopeie agora a esmo...

Sei de bastos e golpes pelo espaço
Por minha alma de geratrizes de galpão
Ainda encilha redomões na razão
Ainda bebendo da seiva dos laços

Que prendem a isso sendo minha alma
Muito mais que senhores de gravata
Pois ainda nas minhas botas
Guarda os riscos das esporas nas horas calmas...


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Irresponsável ..

Irresponsável é meu poema
Que mente pra min e diz as vezes
O certo e o errado, por diretrizes
Por tantas vezes cantilena.

Irresponsável... por eu não sei..
Talvez seja, como não pesei
Ou seja como pensou e não sei...
Pra dizer que sei por ser, não sei...

Quem sabe a irresponsabilidade
Traga pra ti o alento que ainda não sei.
Não bem assim, nem com imaginei...
Ouvir sem responsabilidade.

Irresponsável... sim.. entendo
E ainda não compreendo escrevendo...
Sou sim um irresponsável, vivendo
Ainda por minha culpa apreendendo.

Tens suas razões, seu falatório
Seu supervisório, seu ofertório...
Pra na frente dos outros, um rozario
De bondade, lealdade mas como fio...

Pra ver.. sempre ver e estar sempre certa...
Será tudo é errado? Ou seja pecado?...
Será que tudo esta perdido, escancarado?
Pra um falatório.. bah estou errado.

Irresponsável... mas que é responsável?
Quem é? Porque é? Não sei ou sei?
A não é bem assim como pensei?
Não... não... é responsável...

Mentira... não é.. ou é?
Oque acontece quando perde o controle
E fala como se fosse um fole
Aberto evaporando, e some...

Estou errado... por certo que sempre estou!
Então estou e restou ficar assim...
Espera um começo do fim... Há sim...
Lembrei... sou irresponsável. Sou?    

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Coplinha de um sorriso de flor

Oque teu sorriso podia me dizer
Mesmo em silencio...
Trouxe os segredos num canto
Como se fosse o prefacio...

Dizia a minha alma pelas vozes
Do vento oque não te disse...
Traz pelo mesmo vento que escuto
Ainda não quisesse ou pensasse.

O teu sorriso me traz a luz
Que perdi pelo caminhos...
A quantos já andei pelo mundo
A trilhar esperas sozinho...

Quem sabe na próxima primavera
Traga de volta pelas flores...
Pra meus olhos ainda os segredos
E venha a trazer em amores, em cores...

E diga pelo teu sorriso sem dizer
Mais nada sem querer.
E não diga mais pra os ventos
Meu bem mais querer.