sexta-feira, 16 de julho de 2010

De galpão


Tem tantos galpões


Nenhum é meu...

Galpões que se perdem

E viram taperas e tafonas.



Que do embate de alma e potros

Que se guardam por dentre suas tabuas.

Que sou mais um vivente

Outros acham estranho.



Saludos e recuerdos

Que por esses galpões de campo.

Me fiz parado de redeio.



Inverno quimeras e reminiscências

De tempo e copla.

Que do potros que enfrenei

Gastei xergas e bastos.



Que tempos que se seguem

A lida por ás minha mãos

De seguir da vida.



Me vou indo de galpão em galpão

Me enfrenando pras lidas

Da vida.



E me enfreno as vez por um

Mate que espero a tarde morrer

Ou o sol despontar arrastando

Esporas pelo pampa.



Por estes galpões que me faço

Lida e potriada campo afora

Sabendo que ao longe

N oportão da frente.



Sei que posso meter o cavalo

Sem refugar porta

Por ser meu galpão.



Mas sei que o patrão celeste

Me cedeu pra ficar em porfia

Até o sol se vir pra

Enfrenar potro e seguir a lida.



Ginetinho...