quinta-feira, 15 de março de 2012

Uma flor no jaleco


Trouxe no jaleco bordada uma flor.
Por ela guarda um recuerdos de um damador.
Florzita que nasceu guacha
E relembra da uma morena flor gaúcha.


Nos olhos pregados ao horizonte
Guardam uma copla de ontem.
Talvez por ela explique o sentido da flor
Que leva no jaleco no rubro da cor.


No rubro já quase escuro
Resurge pelo couro.
A lembrança de um amor
Que bordou no jaleco uma flor.

No botão do florão também uma flor
O mesmo tipo que em prata mas sem cor
Que por elas de sabem dos olhos e dos amores
Que guardam o segredo das flores.


Sabem que no olhar do domador
Ainda se guarda um amor em flor.
Que ainda incendeia a alma inteira
Por somente vela na boieira.


Um estrelita que viu os motivos
Das flores nos jalecos entre os olhos vivos.
Que antes os braços tinham junto a flor
E agora somente no jaleco em cor.

Levam os recuerdos impressas
Que ficaram em cores e linhas presas
Aos jalecos de lida e gala.