domingo, 8 de novembro de 2015

Coplas pra uma noite de chuva

Trocaria tantas palavras
Tantas delas que deixei...
Muitas delas só pensei

E deixei-as por raras.

Meus amargos lavaram
Levando distancias
Que povoam ausências
Que a voz embargo.

A seis cordas não cantam
Mais a mesmas horas.
Os sorrisos de auroras
Agora me calam.

A puas antes cantadeiras
Hoje choram o tranco
Pra depois a vida de cabelos brancos
Como ainda estreleiras.

Virou o tempo pela porta
Os meus mates distantes
Demaziamente inertes
Alheios aos gritos de forma.

Hoje a puas me falaram versos
Alguns me esqueci ...
Talvez assim me perdi.
E agora por eles confesso.

Cuia na mão, olhos distantes
Procurando oque deixei...
Aqueles poemas que pensei
E ficaram pelos horizontes.

A cordas da velha guitarra
Ainda clareiam minha alma
Que agora chuva manda e calma
Quando a vida a frente esbarra.



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